Um bordado chamado ''cuidado''

Um bordado chamado ''cuidado''
Pachamama

Terra; tudo dela por ela e para ela. O ecossistema mãe de todos os ecossistemas, de onde toda a vida orgânica brota cresce e volta. O que seria da vida sem essa grande fonte  elementar que equilibra toda a existência?  O ser humano como parte desse ecossistema deve toda a honra pelo que ela tem sido e oferecido desde os primórdios. O ar, o fogo, a terra para o plantio, minerais e a água.  Tudo veio desse ecossistema, tudo faz parte dela e com ela se desenvolve infinitas possibilidades. Podemos transformar barro em potes, madeira em casas, água em energia, movimentar moinhos, semear, colher, construir, festejar, celebrar e promover cultura.

O olhar atento do homem descobre e revela riquezas, pensa sobre o mundo onde vive e muda os espaços naturais para seu conforto e bem estar. Essa forma de viver os estudiosos chamam de Socialização da Natureza.

 

Foi assim que os rios, as florestas e os demais recursos naturais passaram a ser explorados pela conveniência humana. Entretanto  rompemos o equilíbrio e chegamos a uma situação de caos e escassez. Estamos percebendo a duras penas que não podemos viver sem a vida dos outros seres, desde a menor bactéria até o mais gigante Jequitibá. A Terra é um ser vivo que dá vida a todos os seres. Ela está cumprindo o seu grande chamado. E nós, fruto desse chamado precisamos honrar a mãe Terra com o uso coerente de seus recursos.

Para compreender e manter vivo esse grande ecossitema, é necessário um olhar respeitoso, com  sabedoria e amor que parte da mudança de mentalidade. E Por onde começar?

Pelo cuidado! Podemos cultivar um olhar amoroso a partir do nosso corpo, que é nossa primeira casa. Como disse o poeta, “o meio ambiente começa no meio da gente”, por isso é importante cuidar também dos alimentos, dos pensamentos e sentimentos. Cuidar das atitudes que temos no dia a dia.

 

Podemos olhar com atenção o que existe e o que poderia existir em nossos quintais, em nossos jardins, além de observar e refletir sobre a qualidade do convívio com os vizinhos, com os terrenos e animais, com as águas, com o verde do lugar.

Até onde vai o meu quintal? Até onde vai o meu jardim, o jardim de todos.

 

    

Para Carlos Rodrigues Brandão (em seu livro“O Jardim de Todos”), “O Jardim do Mundo começa dentro de nós mesmos. Começa em nós mesmos. Em cada uma, em cada um de vocês, e em mim. Em cada um de nós e em todos nós. A cada momento cada pessoa é o começo do lugar onde começa o Mundo. E onde nós estamos juntos, convivendo um momento de nossas vidas, ali está mais ainda um belo e cheio de vida lugar do Começo do Mundo. Vocês já repararam uma coisa? Vocês já pensaram que as melhores coisas da Vida e do Mundo estão aí, por aí, por toda a parte, “de graça” e oferecidas para Todo o Mundo? Respire fundo e sinta o ar da Vida entrando dentro de Você”.

Imagine como podemos fazer da natureza que mora dentro de nós e daquela que nos rodeia uma coisa só. Não estamos todos no colo da Mãe Terra? 

 

 

 

Texto adapatado - Caderno “Homem, Seres, Meio ambiente” – COLEÇÃO CADERNOS CONHECER - Para Bem Conviver, Respeitar, Amar, Preservar, Cuidar. 2ª Edição, julho de 2017, para o Projeto Entre Rios.

 

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